quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A criança e o vínculo afetivo

(Revista Rosi Ortega - Dezembro 2012 - Edição 06 - pg. 10)


Muitos pais perguntam como poderiam prevenir futuros problemas psicológicos, será que existiria algo que poderia proteger seus filhos? Na verdade existe: trata-se do chamado Vínculo Afetivo. O vínculo pode ser definido como uma estreita ligação emocional entre dois seres, onde pelo menos uma das partes depende da outra e não pode ficar sem ela, sem que haja algum prejuízo ou sofrimento. É o tipo de relação que encontramos entre pais e filhos.
No nosso mundo moderno e competitivo, temos pouco tempo para dedicar às crianças e nos esforçamos para que se tornem independentes cada vez mais cedo. Porém, é a qualidade do vínculo afetivo que proporcionará segurança e maturidade suficiente para que a criança tenha coragem para se colocar no mundo, sempre respeitando seu próprio tempo. Elogiar, acreditar, pegar no colo, abraçar, beijar, tocar, são atitudes que reforçam o vínculo entre pais e filhos e faz com que a criança sinta-se aceita, amada e segura. O bebê pequeno descobre o mundo e a si mesmo através da mãe, do seio que alimenta, da mão que acaricia, que cuida, que toca e conforta. É baseado nesta mágica ligação, que muitas vezes precisa sequer de palavras, que o bebê vai se aventurar nos primeiros passos pelo chão e posteriormente pela vida afora. Ele vai, porque sabe que tem uma base segura, assim como acredita na mãe, aprende a acreditar em si mesmo e na sua capacidade de superar-se, de ir além.
Massagear o bebê, é uma forma maravilhosa e simples de estreitar o vínculo afetivo, por ser um delicioso momento só mãe ou pai e filho, para conhecerem-se olhando nos olhos, além de palavras. Tê-lo no colo, tão próximo, fará com que ele sinta o calor do corpo daquele que o cuida, sinta seu cheiro e ouça sua voz, sentindo-se seguro e acolhido não só pelos pais, mas pelo mundo.
Uma boa dica para os pais que querem estreitar o vínculo afetivo é conhecer técnicas de massagem para bebês como a Shantala, por exemplo. A Shantala é de origem indiana, ainda pouco praticada no Brasil, e há milênios vem aproximando pais e filhos. Além do estreitamento do vínculo afetivo, traz outros inúmeros benefícios como:
  • Diminuição do estresse de ambos;
  • Mais segurança emocional para mãe e a criança;
  • Maior facilidade no desenvolvimento social da criança;
  • Desenvolvimento da coordenação motora, visual e consciência corporal do bebê;
  • Diminuição ou desaparecimento de cólicas;
  • Prevenção de problemas respiratórios e aumento da imunidade;
  • Aumento de tonus muscular;
  • Melhor apetite e funcionamento dos intestinos;
  • Melhor qualidade do sono;
  • Melhor desenvolvimento de prematuros;
  • Melhor desenvolvimento de crianças com deficiências;
  • Diminuição de possibilidade de violência contra a criança, entre outros.
Não se esqueça: o bebê é um espelho.
Ele devolve a você a sua imagem.
A imagem da sua liberdade. Ou de suas tensões.
Para libertar o outro é necessário ser livre você mesmo.” (Frederick Leboyer)